BUSCANDO PALAVRAS NO MEU SILÊNCIO
Fecho os olhos e vejo palavras desenfreadas atacando o
meu pensar. No ócio do meu silêncio, abro o livro e busco palavras... Não me
limito a nada. Escrevo a pedido da alma.
Os meus dedos caridosos e incansados, prendem na mão desenfreada,
a caneta, que desfila pelas linhas, riscando a folha branca do caderno, em
movimentos bruscos e rápidos, formando garranchos. É alucinante o deslizar sem
improviso.Coloco-me a descrever o que vem na mente. Porém,
originário do coração. Sinto um prazer inenarrável. Calo-me perante às circunstâncias,
e me ponho a escrever e escrever, tudo que vem, lá do fundo pensativo e escuro.
Entretanto, prefiro pintar tudo de um colorido bem vibrante, todas palavras que
de lá saem, para iluminar o meu olhar, e disparar consoantes atreladas às
vogais, combinando as palavras e as emoções do momento.
Riscos e rabiscos, palavras errôneas, sem contexto que me
invade, tentando se agrupar indevidamente. Por um instante eu paro, para ler os
escritos relatado. Deslizo em garranchos contraditórios. É como costurar.... Eu
remendo, emendo várias vezes, até finalizar a trama.
Aí então, passo tudo a limpo e continuo no ócio, buscando
palavras no meu silêncio...
Só buscando palavras...
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